terça-feira, 12 de setembro de 2006

Há dias em que não quero olhar o mundo: entristece, repugna, revolta.
Há dias em que não ponho os óculos ou as lentes de contacto. São os dias em que não quero ver: deprime, enoja, enraivece.
Nos dias em que não olho porque não ponho os óculos ou as lentes para não ver, sou cinzenta e desligada e pequena e suja e fraca e enterrada... e... vazia. Penso que assim sou (mais) invisível, (mais) despercebida, (mais) menos daqui - é aliviante não pertencer a isto; é pesado ser tão leve de tão oca.
Há dias em que não olho porque não ponho os óculos ou as lentes para não ver:
Não sinto.
Não sonho.
Não sou...

4 comentários:

Anónimo disse...

Tu éS! tens de acrditar nisso..

beijocas Meri**

Mikas disse...

Não gosto de te ver assim.
Tu és tu. E vales muito por isso.

[*]

Su(sana) disse...

Não é o texto melhor e mais bonito de se ler, mas a vida tem fases destas e temos apenas que as saber ultrapassar, saber fazer-lhes frente e encontrar-mos a "luz".

Tu és, sentes e sonhas, Maria!


[*] Tens de encontrar a "Luz".


Beijinho, menina das asinhas roxas!


[Anima-te! Tens uma nova etapa aí à porta! = ) Boa sorte para a vida académica que aí vem!]

13 disse...

há dias em que somos pequenos, neutros e o mundo nada mais é do que um grande cinzeiro da morbidez humana...

mas os sonhos só morrem quando os deixarmos morrer. e esses dias cinza nada mais são do que apenas intervalos da tua vida cheia de cores.

um abraço de um também "encalhado em aveiro" =)